Evento apresentou livro sobre revisão criminal nos 102 anos de morte do industrial, assassinado em 10 de outubro de 1917
Texto de Wellington Santos

Em noite de debates produtivos, o Arquivo Público de Alagoas (APA) promoveu, na terça-feira (22), sua 37ª edição do tradicional Chá de Memória. O tema desta vez foi “Delmiro Gouveia, uma trajetória de um industrial sertanejo”.
O professor-doutor em História, Edvaldo Nascimento, e o professor José Cícero Correia foram os palestrantes e debatedores. Nascimento discorreu sobre a vida de Delmiro Gouveia, desde sua origem, na cidade natal de Ipu, no Ceará, passando pelo período em que atuou como empreendedor bem-sucedido, no Recife, até sua chegada ao município de Água Branca, sertão de Alagoas, onde deu início ao processo de desenvolvimento da região, inaugurando a Fábrica da Pedra e, depois, o complexo de Angiquinho, a primeira hidrelétrica do Nordeste e a segunda do Brasil.
“A figura de Delmiro no contexto histórico está para o Nordeste em importância comparada a ícones como Luiz Gonzaga, o rei do baião”, destacou Nascimento.
Em seguida, o historiador José Cícero Correia apresentou conceitos sobre o que seria memória e história e abordou o conteúdo de seu livro “Trabalho, Seca e Capital – da construção da Ferrovia Paulo Afonso à Fábrica de Linhas de Pedra”, obra que foi lançada no Chá de Memória.
“Este Chá de Memória foi bastante interessante, porque aguçou muito a curiosidade sobre a figura do industrial Delmiro Gouveia para Alagoas. Abriu a visão sobre a importância dele no contexto do desenvolvimento de toda a região nordestina, numa época ainda muito remota. O debate mostrou como Delmiro esteve à frente de seu tempo”, ressaltou a superintendente do APA, Wilma Nóbrega.
Depoimento e poema
