O campo do folclore é imenso, no Brasil e no resto do mundo. Nele há de um tudo, desde abobrinhas cintilantes de dimensões e colorações diversas a histórias de arrepiar o corpo, além de mitos e lendas como a da Mula sem Cabeça, do Boto, do Lobisomem e do rei Athur; supersições, crenças, cantigas, jogos infantis, adivinhações, danças, anedotas, provérbios, modos de vida e tudo o mais proveniente das gentes e da natureza, incluindo tragédias humanas ou não.
No livro mais lido em todos os tempos, a Biblia, em qualquer de suas edições se acham narrativas que tratam de mitos, lendas e tragédias ao gosto do freguês. Nele é dito, por exemplo, que o homem veio do barro e a mulher, de suas costelas. É dito também que foi uma cobra a responsável pela carga de pecados que carregamos sobre o lombo até hoje, e que Jesus nasceu do nada. Mas, enfim, a maior tragédia do mundo não se acha na Biblia.
A maior tragédia do mundo ocorreu quando o homem desceu das árvores, inventou o fogo, armou-se até os dentes e matou Deus.
Essa, sim, foi a maior tragédia do mundo em todos os tempos.
Depois disso passamos a vagar, a penar sem aprender coisa nenhuma, pois continuamos a matar, a fazer sofrer os nossos semelhantes.
Até quando?
Não é à toa que somos os únicos animais que se suicidam…
Mas no começo de tudo o homem amava a Deus, admirava a Lua e nela achava forças e soluções para os seus males.
No começo de tudo o homem respeitava o Sol, do qual dependia para muitas coisas.
No começo de tudo o homem olhava para o Céu e brincava com as estrelas.
No fim de tudo…
Hoje é o Dia Internacional do Folclore, que já nem comemoramos mais.
Fonte: www.jornalistasecia.com.br
Sobre o autor
Marcos Lima
Produz e divulga a sabedoria popular do povo alagoano e nordestino.