Do início do século XIX até meados de 1850, o Brasil passou por uma fase de intranquilidade política, reflexo de acontecimentos europeus como a era napoleônico, a preponderância do capital inglês e os atropelos naturais resultantes de suas sucessivas mudanças de status: colônia e império Em Alagoas essa efervescência se traduz em começar o século como comarca com sede administrativa em Santa Maria Madalena de Alagoas do Sul e chegar a 1832 como províncias independentes com capital em Maceió.
A história inicial de Alagoas é inseparável da de Pernambuco, sendo seus primeiros núcleos de povoamento formados a partir de engenhos de açúcar. A princípio foi efetuada a luta com os indígenas, em que bandeirantes e fidalgos que receberam doações de sesmarias auxiliaram o donatário de Pernambuco.
A compra de Alagoas foi criada em 10 de outubro de 1710 sob a jurisdição da capitania de Pernambuco com todo o aparato administrativo acompanhante: juízes ordinários, camaristas e capitão-mor, tendo como sede Santa Maia Madalena de Alagoas do Sul.
No início do século XIX a comarca era produtora destacada de açúcar e, em menores proporções, de madeira, couro, farinha de mandioca e algodão. Na ocasião de sua elevação à condição de capitania tinha as vilas: Penedo, Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, Atalaia e Anadia, no interior, e Maceió, Porto de Pedras, Porto Calvo e Poxim no litoral.
Acerca dos motivos têm sido sugeridas diversas hipóteses. De acordo com uma delas, Alagoas teria do agraciada por D. João VI em virtude de sua fidelidade no episódio da Revolução Pernambucana de 1817, ao mesmo tempo em que foi enfraquecida a província de Pernambuco com a diminuição de sua extensão territorial e população. No entanto, a autonomia da comarca já havia sido solicitada em janeiro de 1817 pela Câmara da Vila de Maceió, o que a sublevação só fez adiar.
Segundo outra linha de pensamento, a covardia dos alagoanos, que fugiram da revolução – de acordo com Isabel Loureiro. Cabe dizer que não houve propaganda revolucionária suficiente para sensibilizar a população de Alagoas a ponto de aliar-se aos pernambucanos, servindo apenas de passagem do padre Roma a caminho da Bahia.
Decreto de 16 de Setembro de 1817
“Convindo muito ao bom regimen d’ este reino do Brasil, e á prosperidade a que me proponho eleval-o que a província das Alagoas seja desmembrada da capitania de Pernambuco, e tenha um governo próprio, que desveladamente se empregaria na aplicação dos meios mais convenientes para dela se conseguirem as vantagens que o seu território e situação podem oferecer, em benefício geral do Estado, e em particular dos seus habitantes, e da minha real fazenda: sou servido isentá-la absolutamente da sujeição, em que agora esteve do governo da Capitania de Pernambuco, erigindo-a em capitania, com um governo independente que a reja na forma praticada nas mais capitanias independentes, com a faculdade de conceder sesmarias, segundo as minhas reais ordens, dando conta de tudo diretamente pelas secretarias de estado competentes: e atendendo ás boas qualidades e mais partes, que concorrem na pessoa de Sebastião Francisco de Melo: Hei por bem nomea-lo governador dela, para servir por tempo de três anos, e o mais que decorrer,/ enquanto lhe não der sucessor.
Palácio do Rio de Janeiro, em 16 de Setembro de 1817 –
Com a rubrica de S. Majestade, D. João VI
Por: Prof. André Cabral
Fonte: www.andrecabralhistoria.blogspot.com
Do início do século XIX até meados de 1850, o Brasil passou por uma fase de intranquilidade política, reflexo de acontecimentos europeus como a era napoleônico, a preponderância do capital inglês e os atropelos naturais resultantes de suas sucessivas mudanças de status: colônia e império Em Alagoas essa efervescência se traduz em começar o século como comarca com sede administrativa em Santa Maria Madalena de Alagoas do Sul e chegar a 1832 como províncias independentes com capital em Maceió.
A história inicial de Alagoas é inseparável da de Pernambuco, sendo seus primeiros núcleos de povoamento formados a partir de engenhos de açúcar. A princípio foi efetuada a luta com os indígenas, em que bandeirantes e fidalgos que receberam doações de sesmarias auxiliaram o donatário de Pernambuco.
A compra de Alagoas foi criada em 10 de outubro de 1710 sob a jurisdição da capitania de Pernambuco com todo o aparato administrativo acompanhante: juízes ordinários, camaristas e capitão-mor, tendo como sede Santa Maia Madalena de Alagoas do Sul.
No início do século XIX a comarca era produtora destacada de açúcar e, em menores proporções, de madeira, couro, farinha de mandioca e algodão. Na ocasião de sua elevação à condição de capitania tinha as vilas: Penedo, Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, Atalaia e Anadia, no interior, e Maceió, Porto de Pedras, Porto Calvo e Poxim no litoral.
Acerca dos motivos têm sido sugeridas diversas hipóteses. De acordo com uma delas, Alagoas teria do agraciada por D. João VI em virtude de sua fidelidade no episódio da Revolução Pernambucana de 1817, ao mesmo tempo em que foi enfraquecida a província de Pernambuco com a diminuição de sua extensão territorial e população. No entanto, a autonomia da comarca já havia sido solicitada em janeiro de 1817 pela Câmara da Vila de Maceió, o que a sublevação só fez adiar.
Segundo outra linha de pensamento, a covardia dos alagoanos, que fugiram da revolução – de acordo com Isabel Loureiro. Cabe dizer que não houve propaganda revolucionária suficiente para sensibilizar a população de Alagoas a ponto de aliar-se aos pernambucanos, servindo apenas de passagem do padre Roma a caminho da Bahia.
Decreto de 16 de Setembro de 1817
“Convindo muito ao bom regimen d’ este reino do Brasil, e á prosperidade a que me proponho eleval-o que a província das Alagoas seja desmembrada da capitania de Pernambuco, e tenha um governo próprio, que desveladamente se empregaria na aplicação dos meios mais convenientes para dela se conseguirem as vantagens que o seu território e situação podem oferecer, em benefício geral do Estado, e em particular dos seus habitantes, e da minha real fazenda: sou servido isentá-la absolutamente da sujeição, em que agora esteve do governo da Capitania de Pernambuco, erigindo-a em capitania, com um governo independente que a reja na forma praticada nas mais capitanias independentes, com a faculdade de conceder sesmarias, segundo as minhas reais ordens, dando conta de tudo diretamente pelas secretarias de estado competentes: e atendendo ás boas qualidades e mais partes, que concorrem na pessoa de Sebastião Francisco de Melo: Hei por bem nomea-lo governador dela, para servir por tempo de três anos, e o mais que decorrer,/ enquanto lhe não der sucessor.
Palácio do Rio de Janeiro, em 16 de Setembro de 1817 –
Com a rubrica de S. Majestade, D. João VI
Por: Prof. André Cabral
Fonte: www.andrecabralhistoria.blogspot.com