Ronaldo da Costa tinha 69 anos. Ele foi reconhecido como Patrimônio Vivo do Estado de Alagoas, em 2012.

Ronaldo da Costa, o Mestre Pancho do Fandango do Pontal da Barra, em Maceió, morreu de Covid-19. O falecimento foi confirmado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) nesta quarta-feira (3). Mestre Pancho tinha 69 anos. Ele aprendeu a tradição com o pai, mestre Isaldino da Costa, ainda na infância, e há 40 anos comandava o Fandango do Pontal da Barra.Pancho foi o primeiro a introduzir a participação de mulheres no folguedo. O mestre foi reconhecido como Patrimônio Vivo do Estado de Alagoas no ano de 2012.
“A cultura alagoana perde mais um grande mestre em virtude do coronavírus. Com muita tristeza, recebemos a notícia do falecimento do mestre Pancho, uma figura sempre presente nas atividades realizadas pela Secult e um homem que honrou seu título, sempre difundindo o Fandango e a cultura popular alagoana. Mestre Pancho deixa um legado importantíssimo e uma grande lacuna dentre os Patrimônios Vivos de Alagoas. Minha solidariedade a todos os amigos e familiares”, declarou a secretária de Cultura, Mellina Freitas.
Patrimônio Vivo de Alagoas
O Estado de Alagoas declara Patrimônio Vivo pessoas que detenham os conhecimentos e técnicas necessários para preservação da cultura tradicional ou popular de uma comunidade, estabelecida em Alagoas há mais de 20 anos. Mestres e mestras são homens e mulheres que repassam para novas gerações os saberes relacionados a danças e folguedos, literatura oral e escrita, gastronomia, música, teatro, artesanato e outras práticas da cultura popular.
O Fandango do Pontal é um folguedo que existe desde 1930. Foi criado pelos Mestres Aminadab e Zé da Sofia, de Santa Luzia do Norte. Mestre Isaldino da Costa deu continuidade ao grupo, e depois que ele deixou de atuar, o filho Mestre Pancho assumiu a sua função.
Fonte: www.agenciaalagoas.al.gov.br