Folcloristas que dignificaram a cultura alagoana

NICODEMOS DE SOUZA MOREIRA JOBIM, é alagoano de Anadia. No dia 1° de fevereiro de 1872, o jornal O Liberal, de Maceió (AL), segundo Théo Brandão, “estampava em suas páginas, assinado por Professor Nicodemos, o artigo Lenda anadiense e tradição histórica-Nossa Senhora da Piedade da Vila de Anadia na Província das Alagoas, datado de Anadia, 15 de novembro de 1871, o mais antigo trabalho que se conhece, a respeito do tema folclórico, escrito por alagoano”, o que caracteriza mais um autor alagoano pioneiro na área de Folclore.

Museu Théo Brandão

THEO BRANDÃO, nasceu no dia 26 de janeiro de 1907, na cidade de Viçosa, AL. Diplomado em Farmácia e Medicina, membro da Academia Alagoana de Letras, e de outras associações culturais, Theo Brandão, cujo verdadeiro nome era Teotônio Vilela Brandão, foi um grande folclorista, deixando, publicados os seguintes livros: Folclore de Alagoas (1949), Trovas populares de Alagoas (1951), o reisado alagoano (1953), Folguedos natalinos de Alagoas (1961), O guerreiro (1964), O pastoril (1964), outros trabalhos ensaios e artigos publicados em revistas especializadas e jornais.

Recebeu pelo livro Folclore de Alagoas um prêmio da Academia Alagoana de Letras  e o Prêmio João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras. Como O Reisado alagoano ganhou o Prêmio Mário de Andrade.

PEDRO TEIXEIRA DE VASCONCELOS,  nasceu no dia 12 de outubro de 1916, no Engenho Bom Sucesso, município de Chã Preta, AL. Fez o primário em Chã Preta e Viçosa (1925/29), Ensinou línguas e Folclore em vários colégios e ajudou a fundar diversos estabelecimentos de ensino. Foi funcionário público, membro do Conselho Estadual de Cultura, da Sociedade de Cultura Artística, faz parte da Comissão Alagoana de Folclore e do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.

Publicou vários trabalhos na área do Folclore: Adivinhas e Superstições (com Luís Sávio de Almeida), Lúdica folclórica (de parceria com José Maria Tenório Rocha), Artesanato de Alagoas (também de parceria com José Maria Tenório Rocha), Folclore: música, dança e torneio (1979), Adivinhas, Pastoril e Andanças pelo Folclore (1998), além de artigos publicados em revistas e jornais.

RANILSON FRANÇA, é natural da cidade do Pilar e aos 12 anos foi morar em Maceió, com o intuito de continuar seus estudos. Mas foi aos 18 anos que teve a oportunidade de se aprofundar nos estudos sobre o folclore alagoano. Foi nesse período que conheceu o padre Teófanes Augusto de Barros, seu maior incentivador. Ranilson foi discípulo de grandes folcloristas, Théo Brandão e Pedro Teixeira, e amigo de folcloristas como José Maria Tenório.

Ranilson, além de professor, era pesquisador e desempenhou várias atividades relacionadas ao folclore, entre elas foi presidente da Comissão Alagoana de Folclore e da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas (Asfopal), foi também membro do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, do Conselho Estadual de Cultura.

Fonte: Secult Alagoas

 

RÁDIO CORREIO AM 1200 - MACEIÓ