Festa de luzes e cores alagoanas no Théo Brandão

Pastoril

Em época de festejos natalinos, o Museu Théo Brandão abriu a exposição “De chapéus e coroas é o guerreiro das Alagoas”. A mostra, que fica em cartaz até o dia 29 de janeiro, é composta por vinte e nove peças, confeccionadas pela artista plástica Mônica Almeida. A curadoria da exposição é assinada por Gil Lopes, Homero Cavalcante e José Carlos.

O visitante da exposição terá a oportunidade de ver chapéus de guerreiro em diversos tamanhos e apresentações: são chapéus abertos, expostos na parede, luminárias, em forma de chapéu, troféus, coroas de índio, de rainha, diademas, chapéus de guerreiro com presépios e santos, além de uma inovação, que tornou único o modo de a artista Mônica Almeida fazer chapéus de guerreiro, ao criá-los em forma de monumentos históricos de Maceió.

São cinco chapéus em formato tridimensional, que reproduzem prédios de alto valor histórico/artístico da cidade: Teatro Deodoro, Catedral Metropolitana, Associação Comercial, Palácio Floriano Peixoto e Museu Théo Brandão.

Apesar da inovação nos formatos dos chapéus, a artista utilizou um material totalmente original, genuíno, do tipo que os mestres do guerreiro utilizam para fazer os seus chapéus. As peças já foram expostas no Teatro Deodoro, na Associação Comercial, no Teatro 7 de setembro, em Penedo, na agência do INSS, da Jatiúca e no Restaurante Mandala.

Histórico artístico de Mônica Almeida

A arte de Mônica é voltada exclusivamente para os chapéus de guerreiro. O gosto pelo folclore começou, na década de 1990, quando a então estudante de Ciências Contábeis participava do Grupo de Tradições Folclóricas Professor Théo Brandão, da Ufal. Em seguida, a artista passou a integrar o Coral Popular Folclórico da Embracanto, extinto coral da Embratel, onde confeccionou trinta e cinco chapéus para uma apresentação do coral. Na época, o grupo deixava uma lembrança artística em cada lugar que se apresentava.

“Começamos a pensar em levar um presente para cada lugar que fossemos nos apresentar, então, tivemos a ideia de deixar um chapéu de guerreiro confeccionado por mim”, lembra Mônica. Embora despretensiosa, a primeira experiência com a confecção de chapéus levou a artista a um trabalho profissional. O Museu Théo Brandão a convidou para restaurar os chapéus de guerreiro, que hoje ficam à mostra na sala de exposição permanente Festejar Alagoano. Atualmente, o trabalho de Mônica é muito requisitado por decoradores, que encomendam chapéus de guerreiros para compor um ambiente com estilo diferenciado.

Fonte: Ascom Ufal

 

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