(Passo de Camaragibe, Alagoas, 2 de maio de 1910 – Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1989)
Aurélio Buarque de Holanda, crítico, ensaísta, tradutor, filólogo e lexicógrafo foi eleito em 4 de maio de 1961 para a Cadeira nº 30 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Antônio Austregésilo, recebido em 18 de dezembro de 1961, pelo acadêmico Rodrigo Otávio Filho.
Foi secretário da Revista do Brasil (3a fase) de 1939 a 1943. Publicou em 1942, o livro de contos “Dois Mundos”, premiado em 1944 pela Academia Brasileira de Letras. Em 1945, publica o ensaio “Linguagem e estilo de Eça de Queirós”. Em 1941 o convidam a executar, pela primeira vez, um trabalho lexicográfico, como colaborador do Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa.
Em 1945 publicou, em conjunto com Paulo Rónai, o primeiro dos cinco volumes da coleção “Mar de histórias”, antologia do conto mundial. Em 1947, iniciou no Suplemento Literário do Diário de Notícias a seção “O Conto da Semana” com a colaboração também de Paulo Rónai.
À partir de 1950 manteve, na revista Seleções do Reader’s Digest, a seção “Enriqueça o seu vocabulário”, que em 1958 ele irá reunir e publicar no volume de igual título. Em 1963, tomou parte, em Bucareste, já representando a Academia Brasileira de Letras, no “Simpósio de Língua, História, Folclore e Arte do Povo Romeno”, visitando na mesma ocasião a Bulgária, Iugoslávia, Checoslováquia e Grécia. Foi membro da Comissão Nacional do Folclore e da Comissão Machado de Assis.
Em 1975, publicou o “Novo Dicionário da Língua Portuguesa”. Pronunciou numerosas conferências, sobre assuntos literários e lingüísticos, no México, Estados Unidos, Cuba, Guatemala e Venezuela.
Pertenceu à Associação Brasileira de Escritores, seção do Rio de Janeiro (1944-49). Era membro da Academia Brasileira de Filologia, do Pen Clube do Brasil, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, da Academia Alagoana de Letras e da Hispanic Society of America.
Obras Principais
• Dois Mundos, contos (1942);
• Linguagem e estilo de Eça de Queirós (ensaio), publicado no Livro do Centenário, de Eça de Queirós, (1945);
• Mar de Histórias, antologia de contos da literatura universal, em colaboração com Paulo Rónai — volume I, (1945); volume II, (1951); volume III, (1958); volume IV, (1963) e volume V, (1981);
• Contos Gauchescos e Lendas do Sul, edição comentada do texto de Simões Lopes Neto (1949);
• O Romance Brasileiro de 1752 a 1930, (1952);
• Roteiro Literário do Brasil e de Portugal, antologia literária da língua portuguesa, em colaboração com Álvaro Lins (1956);
• Território Lírico, ensaios, (1958);
• Enriqueça o Seu Vocabulário, filologia (1958);
• Vocabulário Ortográfico Brasileiro, (1969);
• Novo Dicionário da Língua Portuguesa, (1972);
• O Chapéu de Meu Pai, edição revista e reduzida de Dois Mundos (1974);
• Minidicionário da Língua Portuguesa, (1977);
• Novo Dicionário da Língua Portuguesa, (1975);
• Dicionário Aurélio Infantil da Língua Portuguesa, (1989).
Além dos contos que traduziu para a coleção “Mar de Histórias”, Aurélio Buarque de Holanda traduziu romances de vários autores, os “Poemas de Amor”, de Amaru, e os “Pequenos Poemas em Prosa”, de Charles Baudelaire.
Fonte de pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre; ABC das Alagoas; entre outras.