Grupo de trinta a quarenta personagens mascarados, uns a cavalo, outros a pé, que fazem corridas pelo povoado, anunciando a festa de santo que irá acontecer dentro de quinze dias. Enquanto o grupo corre e dança acompanhados pela Bandinha Esquenta Mulher toca durante todo o tempo. Após as corridas e danças, o grupo participa da Procissão do Mastro. Depois, finca o mastro em frente à Igreja de Santa Luzia e um dos mascarados lê “os papéis”, espécie de editais de convocação, conclamando o povo a participar das festas.
ORIGEM – Os habitantes do povoado Tapera (Anadia-AL) são acordes em afirmar que a tradição dos Bandos remonta ao período da Independência do Brasil. A tradição é portuguesa. Luiz Edmundo, em “O Rio de Janeiro no Tempo dos Vice-Reis” (1763-1808), afirma que esse acontecimento era comum na corte, onde os cavaleiros faziam corridas, liam editais para anunciar as festas que iriam acontecer e convidar o povo a participar das mesmas.
Graças aos habitantes do povoados esta tradição continua mantida há mais de 150 anos, seguindo a tradição das famílias. As vestes são compradas e confeccionadas pelas costureiras da região, além da máscaras que é um trabalho difícil e caprichado. O Professor e folclorista Ranilson França e a também folclorista e artesã Carmen Omena (ambos in memóriam) participavam todos os anos com muito entusiasmo.
A festa dos Bandos da Tapera é um acontecimento no município de Anadia e lá comparece moradores da região. É o íncio da festa de Santa Lúzia, os Bandos aparecem de roupas rasgadas, a pé ou à cavalo seguindo a tradição. Todos vem dançando acompanhado da Bandinha de Pífano, onde na gente da Capela de Santa Lúzia, faz a referência e lavantam o mastro acompanhado com as cantadoras de benditos.
A festa de Santa Luzia se encerra no dia 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, onde terá novena, será celebrada missa e a procissão de encerramento.
Fonte: Asfopal – Associação dos Folguedos Populares de Alagoas