Pinto do Acordeon, músico paraibano, morre com câncer aos 70 anos
22/07/2020
Ele estava internado em Hospital na cidade de São Paulo
Pinto do Acordeon
O paraibano Pinto do Acordeon morreu, na madrugada desta terça-feira (21), aos 70 anos, vítima de um câncer. De acordo com o filho dele, Mô Lima, Pinto estava internado no Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, desde janeiro, onde faleceu. As informações são do G1 na Paraíba.
O corpo do músico será velado na cidade de João Pessoa, em um cemitério particular, e enterrado no município de Patos, no Sertão paraibano. A família aguarda que o corpo chegue em João Pessoa por volta das 16h.
Em 2015, Pinto do Acordeon teve parte de uma das pernas amputadas por conta de complicações causadas por diabetes. Anteriormente, o cantor já havia sido internado e submetido a uma angioplastia.
Francisco Ferreira Lima, o Pinto do Acordeon, nasceu no município de Conceição, no Sertão paraibano. Ele se tornou popular a partir de apresentações que realizava junto a trupe de Luiz Gonzaga. Ele gravou cerca de 20 álbuns durante a carreira.
Carreira
Ele lançou seu primeiro LP solo (1976), no mesmo ano, a canção “Arte culinária”, uma parceria sua com Lindolfo Barbosa, fez sucesso com o Trio Nordestino; o LP “Gosto da Bahia”, pela Gravadora Japoti (1970); o álbum “As filhas da viúva” (1980); o LP “O rei do forró sou eu” Nova Produções (1994); participou da gravação do DVD do grupo paraibano Clã Brasil (2006); e os CDS: 20 anos de estrada, De língua, Forró Cocota, Me botando pra roer, Projeto divino, Eco nordeste, Vem viver essa paixão, Deixa o dia clarear; Sertanejo, entre outros. Durante toda a carreira, somam-se cerca de 20 álbuns gravados, entre LPs e CDs.A obra do cantor e compositor Pinto do Acordeon se tornou Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba no dia 13 de julho de 2019.
Ele também foi reconhecido com o título “Mestre das Artes Canhoto da Paraíba”. A homenagem foi oficializada pela Secretaria de Cultura do Estado através de uma publicação no Diário Oficial do Estado
O título de Mestre das Arte’ foi criado pela Lei Estadual º 7.694, conhecida como Lei Canhoto da Paraíba. Ela é uma homenagem ao músico Francisco Soares de Araújo, conhecido como Canhoto da Paraíba, que morreu em 2008. O objetivo é proteger e valorizar os conhecimentos, fazeres e expressões das culturas tradicionais paraibanas.
Por meio do Registro no Livro de Mestres das Artes (REMA), as pessoas que contribuem há mais de 20 anos com atividades culturais na Paraíba recebem o título de “Mestres e Mestras”, ao terem suas artes reconhecidas.
Amigos
Nas redes sociais, nomes conhecidos do forró homenagearam o músico. “Hoje, o dia amanheceu mais triste. Infelizmente, 2020 levou embora pra alegrar o forró celestial Pinto do Acordeon. Um artista talentoso, generoso, engraçado. Ser humano fantástico. Vai com Deus meu irmão!”, declarou no instagram o cantor cearense Alcymar Monteiro.
Chambinho do Acordeon também prestou homenagem ao amigo. “Manhã de muita tristeza. Descanse em paz Pinto do Acordeon. Minhas condolências a Madalena e família!”.
Fonte: www.diariodonordeste.verdesmares.com.br
Sobre o autor
Marcos Lima
Produz e divulga a sabedoria popular do povo alagoano e nordestino.