Também conhecido como Marujada, Barca, Nau Catarineta ou Chegança de Marujos.Este auto é uma dança dramática com motivo náutico, com forte inspiração portuguesa, influência que está presente nas cores (azul e branca) das vestimentas dos participantes.
Não tem enredo próprio nem seqüência lógica. Constitui uma série cantigas náuticas de diversas épocas e origens, que falam das odisséias marítimas dos navegadores, lembrando o sofrimento de uma nau perdida, a calmaria, a fome e a solidão no mar, além de retirar as lutas e o heroísmo dos marujos.
Versos soltos que falam da vida do mar, de marujo, de saudade, de lutas náuticas, de amor.O único representante deste folguedo no estado, encontra-se no Pontal da Barra, tornando-se um dos principais atrativos do bairro.
O Fandango do Pontal existe desde 1930. Foi criado pelos Mestres Aminadab e Zé da Sofia, de Sta. Luzia do Norte. A brincadeira teve continuidade com o Mestre Isaldino da Costa. Após ficar um tempo sem atuar, o grupo foi reativado pelos atuais coordenadores, Valéria e Vavá, tendo como mestre o Sr. Ronaldo da Costa (Mestre Pancho), sendo até hoje o único em atividade em Alagoas. Formado por 36 componentes entre 05 a 85 anos, o grupo ensaia aos sábados na Colônia de Pescadores do Pontal da Barra.
O espetáculo desenvolve-se em um tablado, armado em frente à igreja ou em qualquer outro local ao ar livre, previamente escolhido. O elenco é composto pelo mar-e-guerra, imediato, médico, piloto, mestre, contra-mestre, duas alas de marujos e dois palhaços, o Vassoura e o Ração. Os personagens vestindo fardas de oficiais da Marinha e marinheiros cantam e dançam ao som de uma orquestra de corda (violino, viola e violão) podendo também aparecer o cavaquinho e o banjo. Há um cortejo de abertura que canta e recita episódios da vida no mar.
Fonte: Asfopal: Associação dos Folguedos Populares de Alagoas
Sobre o autor
Marcos Lima
Produz e divulga a sabedoria popular do povo alagoano e nordestino.