Clemilda e Gerson Filho, um caso de amor com o forró

Clemilda e Gerson Filho, se apresentam na TV

O casal de músicos alagoanos conquistou o Brasil com o forró. Clemilda nasceu em São José da Laje, em 1936 e passou a infância e a adolescência em Palmeira dos Índios. Gerson Filho nasceu em 1928, em Penedo, mas os dois só viriam a se conhecer na década 60, no Rio do Janeiro.  Clemilda gravou músicas com temas folclóricos e religiosos, mas foi cantando músicas de duplo sentido que ganhou fama nacional. A cantora estourou nas paradas de sucesso com a música “Prenda o Tadeu”, em 1985 e a partir de então participou de vários programas de rádio e TV. Nesse mesmo ano ganhou seu primeiro Disco de Ouro. Em 1987, ganhou o segundo, com “Forró Cheiroso”, mais conhecido como “Talco no Salão”, sempre acompanhada de seu marido.

Nesse período Gerson Filho produzia muito. Gravou cerca de 17 discos pela Continental, entre os quais: “É pra valer”, “Ingazeira do Norte” e “Levanta poeira”. Em 1982 lançou o disco “Gerson Filho – Xote da cobra doida”, interpretando diversas composições de sua autoria. Gerson veio a falecer em 1994. Com a morte do companheiro, Clemilda,  carinhosamente conhecida como “Rainha do Forró”, afastou-se dos shows e há algum tempo vem se dedicando à apresentação do “Forró no Asfalto”, programa da TV Aperipê, em Aracaju. O filho do casal, Robertinho dos Oito Baixos, também seguiu o caminho do forró e é hoje um dos sanfoneiros mais famosos de Sergipe.

Encontro – No começo dos anos 60 Clemilda decide viajar para o Rio para “tentar a sorte”, onde consegue emprego como garçonete. Até então ainda não havia descoberto o dom artístico que tinha. Em 1965, consegue cantar pela primeira vez na Rádio Mayrink Veiga, no programa “Crepúsculo Sertanejo”. Foi nessa ocasião que conheceu Gerson Filho, um sanfoneiro de oito baixos já famoso na época. Eles se casaram e, juntos, fizeram shows e gravaram álbuns.

Gerson Filho já estava na cidade desde 1948. Em 1953, gravou seu primeiro disco pela Todamérica interpretando, ao acordeom, de sua autoria, a “Quadrilha da cidade” e o baião “Catingueira no sertão”. Em 1954, venceu o concurso de calouros “Caminho da vitória”, na Rádio Guanabara, sendo logo em seguida contratado pela emissora. No mesmo ano lançou os baiões “Baião do soldado” e “Baião em Caxias”, a polca “Casa velha”, e a rancheira “Marombando”, com Salvador Miceli, entre outras composições.

Em 1958, lançou o LP “Gerson Filho e seu fole de oito baixos”, onde gravou a quadrilha, ritmo que praticamente não havia sido gravado até aquela ocasião.

Gente Nossa! – São 10 documentários em áudio, com duração de 30 minutos,  homenageando 12 artistas alagoanos que contribuem com a cultura local. A iniciativa conta com a parceria da Secretaria de Estado da Comunicação.

Por Nicollas Serafim

 Fonte: www.izp.al.gov.br

 

 

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