O BRASIL HOLANDÊS – HISTÓRIA DO NORDESTE

Mauricio de Nassau

Os sete anos que se seguiram à invasão de Pernambuco pelos holandeses foram marcados pelas guerras de resistência; em 1637, com a capitulação portuguesa, desembarcou em Recife o conde Maurício de Nassau, governador da possessão holandesa.

O período em que Pernambuco permaneceu sob ocupação holandesa passou para o imaginário popular como uma espécie de idade de ouro, um tempo fabuloso e quase nútico.

Nassau estabeleceu uma política de tolerância religiosa – duas sinagogas funcionavam em Recife – e de conciliação com os portugueses que viviam no local; promoveu a vinda de cientistas que legaram importantes estudos sobre topografia e doenças tropicais, e de artistas como Frans Post, Albert Eckhout e Zacharias Wagener, que registraram a natureza americana e cenas da vida colonial.

A queda no preço internacional do açúcar e divergências com a Companhia das Índias Ocidentais forçaram Nassau a voltar à Europa em 1644 e, no ano seguinte, os holandeses foram definitivamente expulsos da colônia portuguesa – levando mudas de cana, que plantaram nas suas colônias das Antilhas. Portugal retomou Pernambuco, mas perdeu para sempre o monopólio da produção do açúcar

ALÉM DO AÇÚCAR – HISTÓRIA DO NORDESTE

A empresa açucareira foi o eixo econômico do Nordeste durante os primeiros séculos do Brasil colônia. Entretanto, outros produtos cultivados na região desempenharam papéis importantes na sociedade colonial.

O fumo, cuja cultura era predominante no Recôncavo Baiano, foi muito usado como moeda de troca na costa da África por traficantes de escravos; as variedades mais finas eram exportadas para a Europa.

A pecuária surgiu à sombra dos engenhos, porém acabou por adentrar o território.

A criação de gado impulsionou a ocupação do vasto e plano sertão nordestino – inclusive o do Piauí, único estado cujo povoamento se deu do interior para o litoral, por vaqueiros vindos da Bahia – e resultou no que muitos chamam de “sociedade do couro”.

A produção de algodão, presente desde o início da colonização, tomou vulto no fim do século XVIII , quando a exportação do açúcar começou a declinar e teve lugar a Revolução Industrial inglesa; quando a Guerra de Secessão interrompeu a produção norte- americana, a produção brasileira foi impulsionada, particularmente no Maranhão.

Fonte: www.bahia.ws/historia-do-nordeste

 

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