Arte, cultura e natureza no canto das destaladeiras de fumo de Arapiraca, de Josefa Eleusa da Rocha

Destaladeiras de Fumo de Arapiraca – Alagoas

Esta tese teve como propósito desenvolver um estudo sobre os Grupos Culturais das Destaladeiras de Fumo de Arapiraca, Alagoas, enfocando seu canto, suas histórias e o ambiente onde viveram ou vivem essas mulheres, visando estabelecer relações possíveis entre arte, cultura e ambiente.

Nessa direção, foram realizados os seguintes movimentos: discutir a representação da cultura nordestina, tomando como fio condutor a vida e a arte das Destaladeiras de Fumo de Arapiraca; investigar aspectos da cidade de Arapiraca, ressignificando aspectos da sua história interligados à cultura do fumo; discutir interferências socioambientais do município de Arapiraca, surgidos a partir do período em que rendiam grandes produções de fumo até os dias atuais; analisar os cantos de trabalho e sua importância cultural, tendo como referências as Destaladeiras de Fumo; discutir acerca do ser mulher no Nordeste, levantando história, vida e memórias femininas da trabalhadora do campo, estreitando vínculos com mulheres que lidam com as atividades fumageiras.

A pesquisa desenhou-se a partir de uma perspectiva qualitativa, na linha dos estudos culturais, utilizando os estudos bibliográficos e entrevistas com algumas Destaladeiras de Fumo como recurso metodológico.

Como principais referenciais teóricos, tomaram-se autores que auxiliam a compreensão dos conceitos de cultura, cultura popular ou hibridismo cultural, tais como Hall (2014) e Canclini (2015), ancorando-se ainda em Albuquerque Jr. (2011) para discutir a cultura nordestina.

A partir dessa pesquisa, compreende-se que a relação mais estreita entre arte, cultura e natureza pode ser um elo indissociável entre a universidade e as comunidades, fazendo surgir uma ponte em que seja possível o trânsito de diferentes conhecimentos, trazendo vivências dos salões de fumo para as aulas de Educação Ambiental, e os conhecimentos da área da Biologia para comunidades.

Fonte de pesquisa: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/245680

 

 

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