Pedro Teixeira de Vasconcelos nasceu no dia 12 de outubro de 1915, na Casa Grande do Engenho Bom Sucesso. Primogênito do casal, Aureliano Teixeira de Vasconcelos e Maria Alzina Rebelo de Vasconcelos, residentes na Fazenda Medina.
Suas primeiras letras aprendeu com as professoras Santa Souza e depois Odete Bonfim no Bom Sucesso, fez o primário em sua cidade natal e em Viçosa(1925/29). O curso básico no Seminário Metropolitano de Maceió (1929/33).
Trabalhou no Cartório do 1º Oficio de Viçosa (1933/35). Em janeiro de 1935 foi nomeado pelo prefeito de Viçosa, professor da Escola Pública da Cigana, na Chã-Preta, permaneceu até 1943, quando seguiu para Capela, depois Palmeira dos Índios, como professor. Regressou a Viçosa, em 1948, como professor de francês da Escola Normal Joaquim Diegues. Foi ainda fundador, professor e diretor de disciplina do Colégio da Assembléia e da Escola Técnica do Comércio de Viçosa. Em 1953 foi aprovado como professor catedrático em Francês.
Sua vocação sempre foi o magistério, ensinou línguas e Folclore em vários colégios e ajudou a fundar diversos estabelecimentos de ensino.
Em 1960 assumiu o cargo de Chefe do Serviço de Orientação Educacional da Secretaria Estadual de Educação e Cultura. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura, da Sociedade de Cultura Artística e Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, foi presidente da Comissão Alagoana de Folclore.
Organizou, com parceiros e colaboradores, vários grupos folclóricos e folguedos populares, como: reisado, guerreiro, baiana, taieira, pastoril, quilombo, pagode, samba-trupé, coco, maracatu, nega da costa e outros. Era reconhecido pelos inúmeros convites para apresentações, palestras e seminários, pelo Brasil e exterior.
Em 1977 fundou a Escola Amélia Vasconcelos de Chã Preta e criou a Coordenação dos Folguedos de Chã Preta, mais tarde batizada de Núcleo Folclórico Beatriz Vasconcelos. Formou gerações e gerações de amantes e participantes do folclore. Aposentou-se do Estado em 1979, dedica-se mais exclusivamente ao seu projeto de perpetuar, manter e expandir a Cultura Popular. Seguindo a linha de Théo Brandão, José Aloísio Vilela, José Maria de Melo e outros antropólogos e folcloristas alagoanos.
Publicou vários livros: “Folclore: música, dança e torneio” (1978), “Advinhas”, “Pastoril”, “Adivinhações e Superstições” (com Luis Sávio de Almeida), “Lúdica folclórica”, “Artesanato de Alagoas” (ambos com José Mª Tenório Rocha), “Andanças pelo Folclore” (1998) e “Gorjeios do Sabiá”. Peças teatrais escreveu: “Juliana, a escrava”, “Chamada da Pátria”, “Doutora em apuros”, “Os magos de Belém”… além de artigos publicados em revistas e jornais.
Escreveu Hinos de vários municípios e escolas, como os de Chã Preta e Quebrangulo. É nome de escolas na Chã-Preta e Maceió, que também, tem seu busto erguido nestes dois municípios.
Religioso, tornou-se organizador da comunidade católica de Chã=Preta, participou da construção da Igreja Matriz, em 1971, coordenando a campanha comunitária. Tornou-se ativista religioso, Catequista, Ministro da Eucaristia e Diácono (1988).
Doou terrenos em Chã-Preta para casas, escola, delegacia e Emater.
Casou com Edite Rodas de Vasconcelos, teve uma filha, três netos e três bisnetos.
Faleceu aos 12 de junho de 2000, na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, rodeado do carinho, reconhecimento e amizade dos familiares, amigos e admiradores. Foi sepultado no Cemitério Publico de Chã-Preta.
Fonte: www.cultura.al.gov.br
Sobre o autor
Marcos Lima
Produz e divulga a sabedoria popular do povo alagoano e nordestino.