Gerson Filho, o Rei dos 8 baixos

Gerson Filho, nasceu em Penedo, Alagoas e iniciou a carreira artística no Rio de Janeiro no início dos anos 1950 e teve o apoio da dupla Venâncio e Corumba. Em 1953, gravou seu primeiro disco pela Todamérica interpretando ao acordeom, de sua autoria, a “Quadrilha da cidade” e o baião”Catingueira no sertão”. Em 1954, venceu o concurso de calouros “Caminho da vitória” na Rádio Guanabara, sendo logo em seguida contratado pela emissora. No mesmo ano, lançou os baiões: “Baião do soldado” e “Baião em Caxias”, a polca “Casa velha”, todas de sua autoria e a rancheira “Marombando”, com Salvador Miceli, entre outras composições.

Em 1955, lançou de sua autoria os choros “Comendo e chorando” e “Choramingando”. Lançou também no mesmo ano o baião “Torcida do Flamengo”, com Pachequinho. Em 1956, gravou os baiões “Sete quedas” de sua autoria e “Baião paulista”, em parceria com Ermínio Vale. Em 1957, gravou de sua autoria o baião “Macaco é Tio Antônio”, a marcha “Agüenta o banzeiro”, com Miguel Lima e a marcha “Por mulher nunca chorei” de parceria com Otávio Filho. Em 1958, lançou a polquinha “Pra livrá de confusão”, de Miguel Lima e a rancheira “Papai me disse”, de Sebastião Silva e Astrogildo Meireles, ambas com vocal de Luiza Vidal. No mesmo ano, lançou o LP “Gerson Filho e seu fole de oito baixos” onde gravou a quadrilha, ritimo bastante popular no Nordeste e praticamente ainda não gravado até aquela ocasião. Nesse período sua carreira tomou grande impulso com ele fazendo muitas apresentações em circos, praças públicas e festas por todo o Brasil.

Em 1959, gravou o “Baião da capelinha” de sua autoria e o “Forró de Zé Lagoa” em parceria com Francisco Anísio, famoso comediante, então em começo de carreira. Em 1960, lançou os forrós: “Forró no salão”, de Agenor Lourenço e Dini Goulart e “Namoro no forró”, de Miguel Lima, Aguiar Filho e Geraldo Maia. Em 1961, gravou de João Silva e Penedo o forró “Ó, Lia” e de sua autoria e Aguiar Filho o baião “De Penedo a Propriá”. Em 1963, gravou dele e Otávio Filho o “Baião da meia-noite” e dele e Doca o forró “Na bodega do Bodega”.

Em 1969, após muitos anos residindo no Rio de Janeiro retornou para o Nordeste, indo morar em Aracajú, Sergipe, onde passou a apresentar, desde então, o programa “Forró no asfalto” na Rádio Difusora de Aracaju. Em 1970, passou a atuar na Chantecler/Continental, onde gravou cerca de 17 discos, entre os quais: “É pra valer”, “Ingazeira do Norte” e “Levanta poeira”. Em 1982, lançou o disco “Gerson Filho – Xote da cobra doida”, interpretando diversas composições de sua autoria, entre as quais: “Tropé seguro”, com Isnaldo Santos, “Minha festa, nossa festa”, “Xote da cobra doida” e “Forró de chão batido”, de sua autoria. Um de seus principais parceiros foi Isnaldo Santos, com quem compôs entre outras, a quadrilha “Dança comigo”, o “Forró na bulandeira” e o xote “Esse xote é bom”.

Por sua importância como referência da musicalidade e da cultura nordestina, foi criado, em Alagoas o Troféu Gérson Filho de Cultura Popular.

Fonte: www.dicionariompb.com.br

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