Origem das Cavalhadas

A tradicional cavalhada de Alagoas

Cavalhada é uma celebração portuguesa tradicional que teve origem nos torneios medievais, onde os aristocratas exibiam em espetáculos públicos a sua destreza e valentia, e frequentemente envolvia temas do período da Reconquista. Era um “torneio que servia como exercício militar nos intervalos das guerras e onde nobres e guerreiros cultivavam a praxe da galantaria.   Nas cavalhadas as alcanzias, bolas de barro ocas cheias de flores e cinzas, eram jogadas no campo de batalha. As cavalhadas recriam os torneios medievais e as batalhas entre cristãos e mouros, algumas vezes com enredo baseado no livro Carlos Magno e Os Doze Pares da França, uma coletânea de histórias fantásticas sobre esse rei. No Brasil, registram-se desde o século XVII e as cavalhadas acontecem durante a festa do Divino, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

O folguedo

 Os personagens principais são os cavaleiros, vestidos de azul (cristãos) ou vermelho (mouros) e armados de lanças e espadas. A corte é representada por personagens como o rei, o general, príncipes, princesas, embaixadores e lacaios, todos vestidos com ricas fantasias.

 As Cavalhadas de Pirenópolis do município de Pirenópolis, em Goiás, onde a festa inclui também personagens Mascarados (folclore) que representam o povo. Vestindo roupas coloridas e montando cavalos enfeitados, eles saem pelas ruas a galope, fazendo algazarra. A encenação dura três dias, cada um deles com uma batalha. Ao final, os cristãos vencem os mouros, que se acabam convertendo ao cristianismo.

     A cavalhada de Poconé e realizada no município de Poconé no mês de junho e uma das maiores manifestação articitas e cultural do Estado de Mato Grosso,e é uma batalha entre mouros e cristãos,uma encenação cheia de provas e um colorido exuberante.

   Realizadas em Guarapuava no Paraná, as cavalhadas dramatizam a luta entre cristãos e mouros e os torneios medievais. Os cavaleiros dividem-se em dois grupos montados, vestidos com bonitos trajes azuis ou vermelhos. Após vários diálogos (encontro das embaixadas), simulam lutas mostrando sua perícia, portando revólveres, espadas e lanças. De lados opostos do campo estão os redutos dos reis cristãos e mouros. No final há paz, com a conversão dos mouros. Os cavaleiros se entregam a uma série de competições equestres (sortes), oferecendo os troféus às suas “damas”. Duas bandas de música acompanham o espetáculo: a de “pancadaria” ou “infernal” apupa os faltosos e a outra toca em louvor dos vencedores. Apesar de tudo as cavalhadas são apenas festas folclóricas conhecidas por sua magia.

     No Rio Grande do Sul são conhecidas as cavalhadas realizadas principalmente em Cazuza Ferreira, distrito de São Francisco de Paula, Vacaria, Mostardas, Santo Antonio da Patrulha e Caçapava, festejos que já foram o objeto de estudos históricos do conhecido folclorista e pesquisador gaúcho João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes.

Fonte: www.culturanordestinabc.blogspot.com

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