O Pastoril é um folguedo natalino que tem suas apresentações realizadas no período que começa o Ciclo Natalino, do Natal até o Dia de Santos Reis. Em Alagoas os Pastoris encenam o lado religioso e apresentam duas modalidades: a lapinha e o pastoril propriamente dito. A lapinha, dançada na sala da casa, diante do presépio, por meninas vestidas de pastoras, celebra o nascimento de Cristo. As pastorinhas formam dois cordões: o encarnado, liderado pela mestra, e o azul, pela contramestra. A disputa entre os dois cordões é aproveitada como forma de angariar fundos para as obras sociais da paróquia, pois a cotação de cada cordão vai subindo de acordo com as doações pecuniárias de seus defensores.
Seus principais personagens são a Mestra, a Contramestra, Diana, a Camponesa, Belo Anjo, a Borboleta, o Pastor, o velho e as pastoras. Dois partidos vestidos de cores diferentes, dois cordões disputam as honras de louvar Jesus Menino.
Levam um pandeiro feito de lata, com cabo e sem tampa, ornado de fita com a cor do cordão a que pertence. Acompanhamento: conjunto de percussão e sopro.
Os trajes típicos da dança são saia, blusa, colete, meião e sapatilha compõem a roupa especial. Na cabeça, tiara com fitas e flores. Já nas mãos, pandeiros e maracás para casar com a cantoria e dar som à apresentação. as pastorinhas usam chapéus de palha, blusas brancas, saias xadrez, arcos e cestinhas de flores; dançam uma coreografia específica para a apresentação diante do presépio.
Em Pernambuco o destaque maior é o para o Palhaço Faceta com o seu pastoril profano, executado sobre um tablado ao ar livre, tem caráter satírico, e é dançado e cantado por mulheres, dirigidas por um personagem cômico: o cebola, o velho, o saloio, o marujo etc
Origem: Como os Presépios, origina-se de autos portugueses antigos, guardando a estrutura dos Noéis de Provença (França).